Poderia o homem algum dia entender o porquê do amor?
Por que nascemos e logo manifestamos um intenso desejo de nos relacionarmos?
Quando ainda somos crianças e não nos passa pela cabeça qualquer tipo filtro ou crítica filosófica, já manifestamos a necessidade de nos relacionarmos. Começamos com a família, posteriormente com os amigos na escola, nos apegamos mais a uns do que outros e, quando pensamos que não, de repente uma paixão nos toma por completo. Muitas vezes ainda no período pré-escolar... Sonhamos e nos imaginamos perto da pessoa amada a todo instante. O "friozinho" na barriga se manifesta toda vez que estamos perto dessa pessoa e nada, absolutamente nada, nos tira da cabeça que vamos viver para sempre ao lado dela.
Alguns pais descobrem e censuram seus filhos, outros incentivam, alguns fazem as famosas chacotas, mas o que gostaria de discutir não é se o correto é fazer isso ou aquilo. O que coloco em questão aqui é que todo ser humano em condições normais de pensamento sente necessidade de estar com alguém.
A princípio tudo o que queremos é nossa mãe, necessitamos dela para nos amamentar, para nos proteger, aquecer, etc. Isso poderia dar vazão ao pensamento de que desejamos nos relacionar unicamente pelo fato da necessidade, mas - contra fatos não há argumentos- é fatídico que todos acabamos por fazer amigos um dia e um belo dia, todos nos apaixonamos. E por que? Necessidade? De que? Afeto e carinho? Então me respondam os defensores racionalismo naturalista, do mundo mecânico e automático, por que as pessoas têm necessidade de afeto e carinho? Em que fórmula se baseia a necessidade de amar e ser amado?
Na mente e na imaginação criativa de cada criança existe sua família e a próxima família que partirá dela.
Me lembro das brincadeiras quando era criança. Brincávamos de família. Papai, Mamãe, filhinhos. E aí entravam os bonecos, as bonecas, os carrinhos, os cachorros e tudo o que pudesse aguçar nossa imaginação. Enxergávamos um mundo maravilhoso, onde tudo se resolvia em paz. E por que? Isso existia dentro de nós. E ouso dizer que ainda existe!
Por que será que após algum tempo nos tornamos adolescentes e depois jovens e cada dia cresce mais nossa vontade de encontrarmos alguém com quem possamos compartilhar cada momento, os fracassos, as alegrias e tristezas? Necessidade? Então, mais uma vez me explique o por que de verdadeiras "damas" de repente se verem apaixonadas pelo "vagabundo" e vice-versa. Não nego que o materialismo já tomou conta de grande parte da população - pasme! - principalmente de classe social baixa, o que tem levado à mudança de valores na hora escolherem o príncipe (ou princesa) encantado (a). Os mais ricos, populares e "bem encaminhados" são os mais procurados, mas isso não muda o fato de todos querem se relacionar, não importa se amorosamente, ou amigavelmente, ou por simples coleguismo, mas todos têm dentro de si esta necessidade. Poderíamos dizer que o homem foi feito para se relacionar!
E é então que nós cristãos, judeus, muçulmanos e outros "religiosos" no mundo moderno, que ainda acreditam em um Ser Superior que criou o homem e toda a "natureza", se é que a podemos taxar como algo "natural", podemos nos regozijar em ver que ainda existe algo desse Deus presente no homem, mesmo após a Queda. A Voz de Deus ainda ecoa no espírito de cada ser humano, clamando por justiça, por algum tipo de espiritualidade, por beleza e, como temos defendido nesta postagem, por amor e relacionamentos. Algo inexplicável, porém fatídico dentro de cada um de nós. Deus ainda compartilha seus sentimentos com o homem e este ainda é à sua imagem e semelhança, mesmo que caído.
Se o mundo fosse realmente natural, mecânico, automático, sem qualquer intervenção externa, como muitos defendem, o real progresso se daria quando abandonássemos de nossa mente todo ideal de justiça, moralidade, espiritualidade, beleza e amor. Afinal, é isso que contribui para o "regresso" da raça humana, principalmente a religião, como defendem alguns. Porém, imagine um mundo assim! Com o descrito no livro "1984", de George Orwell, onde o governo ditador, visando a superação da humanidade sobre a família, o amor, o sexo, a imaginação, a filosofia... um verdadeiro mundo organizado, perfeito na concepção de alguns, um jardim de produtividade e moralidade totalmente separado de Deus, da alegria, da beleza, da espiritualidade, da arte, da música, do prazer, do pensamento livre e das cores que colorem nosso mundo e nossa vida. A verdade é que nada pode arrancar essa voz que ecoa dentro de nós.
Se o mundo realmente caminha numa seleção natural para o progresso, por que então ainda existe essa voz ecoando cada vez mais forte no coração da humanidade?
E a verdade, meu amor, é que amo você e isso se torna redentivo para mim e para inúmeras pessoas que têm tentado reprimir dentro de si a paixão, o amor ao próximo ou por alguém em especial, repetindo, como numa lavagem cerebral pós-moderna, que não acreditam mais no amor, que não acreditam no casamento, na amizade, nas pessoas e que não acreditam em Deus. Que nosso amor supere tudo isso e a cada dia refute o naturalismo, o mecanicismo, a monotonia, expressando a cada dia o amor de Deus pelo mundo, por sua criação. Que seja expressão de sua glória, resultando no "louvor da glória de sua bondade para conosco em Cristo Jesus". Te amo, pra Sempre!
Com amor e carinho,
J.M.S.Júnior
1 comentários:
Fico pensando que se pensássemos como crianças com relação de termos alguém ao nosso lado seria tão fácil, crianças pensam que vão ficar ao lado de uma pessoa pra sempre e tentam criar brincadeiras que todos os participantes são felizes e podem ser felizes. Seria tão bom se pessoas mudassem sua cabeça com relação a isso. Muitos pensam que você não vive com uma só pessoa, você pode conhecer outras "interessantes" e muitos se perdem por dizer que "o melhor não é casar", mas não descobrem a profundidade de um casamento feliz e sadio.
Amor, também essa é a verdade, que te amo muito mesmo, não é uma simples paixão, ou emoção que vem e passa, mas é o AMOR de Deus e um amor diferente que te ama e quer amar prá sempre. Que Deus abençoe a todos nós...
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